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TAP “não serve os interesses nacionais”
Este fim de semana, o Jornal de Notícias divulgou os dados referentes à operação da TAP para o verão de 2022, dando nota de que a companhia aérea nacional vai diminuir a sua oferta a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro em cerca de 705 mil lugares e eliminar sete rotas internacionais e três domésticas.
O JN faz ainda referência ao facto de a transportadora portuguesa estar em contraciclo relativamente às congéneres que operam no aeroporto da região Norte, uma vez que companhias aéreas como KLM, Easyjet, Flyr, Lufthansa, Swiss ou Ryanair vão reforçar o número de rotas a partir do Porto e, dessa forma, acompanhar o previsível crescimento do fluxo turístico no mercado europeu. Ao todo, de acordo com a publicação, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro terá mais 700 mil lugares disponíveis – valor sobreponível ao que a companhia nacional vai deixar de oferecer.
Em declarações ao JN, o Presidente da Associação Comercial do Porto, Nuno Botelho, afirmou que o plano de voos da TAP “não surpreende” pela redução da oferta, mas não deixa de ser crítico para os interesses da região: “um plano desses não é normal e não corresponde ao de uma companhia que sirva os interesses nacionais”. Reforçando a contestação que tem feito desde o processo de renacionalização da empresa, Nuno Botelho considerou que “a TAP não é estratégica para o país, nem compensa o investimento que o Governo fez, apostando numa empresa ineficaz que não presta serviço público”.
Em sentido contrário, a retoma da operação da TAP no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, está assegurada em 90% face às rotas que eram operadas em 2019, no período anterior à pandemia pela Covid-19.
04 de abril 2022