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Roadshow do Banco Português de Fomento mostrou relevância da instituição
O auditório da AEP – Associação Empresarial de Portugal recebeu, no passado dia 29 de março, a primeira edição do Roadshow Fomento, uma iniciativa do Banco Português de Fomento (BPF) para dar conhecer as soluções de capitalização às empresas e que contou com o apoio da Associação Comercial do Porto – Câmara de Comércio e Indústria (ACP-CCI).
Nuno Botelho registou o “empenho” da equipa do BPF na “revitalização” do banco, que, assinalou, tem “especial responsabilidade na economia nacional” e visa responder à “escassez de capital” disponível nas empresas. Na sequência de um painel dedicado às boas práticas de governação empresarial, o Presidente da Associação Comercial mostrou-se convicto de que “a grande maioria das empresas portuguesas está disponível para fazer esse esforço e luta, todos os dias, para atingir resultados positivos e equilíbrio financeiro”. Na perspetiva de Nuno Botelho, no entanto, o “grande problema” do nosso país não está nas empresas quererem cumprir o seu papel, mas sim na ausência de “boas políticas públicas, que sejam amigas do investimento e potenciem o crescimento económico”.
Na intervenção de encerramento deste Roadshow Fomento, o Presidente da ACP-CCI lembrou que o Estado português não tem sido capaz de manter uma “abordagem consistente, sistémica e duradoura” em fatores relevantes para a economia, como o sistema fiscal, a justiça ou a administração pública. “Pelo contrário, o que temos assistido é um recrudescimento do estatismo mais penalizador para a iniciativa privada, com ameaças de fixação de preços, ataques ao património privado, ou perseguição fiscal a setores de atividade específicos”, aludiu.
Nuno Botelho apontou ainda para a má execução dos planos de investimento público, com o foco apontado ao PRR. “A 15 de março, estavam entregues apenas 5,6% do total de verbas já aprovadas para as empresas, numa altura em que já percorremos cerca de 20% do tempo de aplicação do PRR”, exemplificou o dirigente. Neste quadro, o Presidente da Associação Comercial considerou que a prova de vida do BPF dá “um sinal de esperança” aos empresários de que podem contar com uma alternativa à “inoperância da administração pública” e à “imprevisibilidade do Estado”. “É fundamental que Banco de Fomento seja capaz de concretizar a sua missão, apoiando o robustecimento financeiro das empresas, com mais agilidade e velocidade do que as instituições bancárias convencionais”, concluiu.
APOIOS NO BANCO DE FOMENTO
Na nota de abertura do evento, o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, enalteceu também o esforço de qualificação e diferenciação que as empresas portuguesas têm feito nos últimos anos, dando como exemplo desse trabalho o aumento da quota de exportações no PIB, que subiu de 30 para mais de 50%.
O Roadshow Fomento contou ainda com um painel de debate, moderado pela Presidente da Comissão Executiva do BPF, Ana Carvalho, e que contou com a presença de Pedro Dominguinhos, Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento PRR; Fátima Pinho, CFO do grupo têxtil Valérius; e Francisco Almada Lobo, CEO da Critical Manufactoring.
Por parte do BPF, o diretor de dívida, capital e desenvolvimento de negócio, Pedro Magalhães, expôs de forma detalhada as soluções de capital e quase-capital que a instituição tem ao dispor das empresas nacionais, e que se dividem em instrumentos mistos, com recurso a agências de capital de risco; e instrumentos de apoio direto, com financiamento do próprio BPF. Estes apoios estão explicitados na página https://www.bpfomento.pt
30 de março 2023