Na receção aos convidados, o Presidente da Associação Comercial do Porto agradeceu a confiança da Embaixada do Peru em Portugal para a promoção deste evento e considerou o Peru um país de oportunidades para as empresas nacionais, que se distingue “pela qualidade dos produtos, pela abertura aos mercados externos e por ser uma economia em crescimento”. Nuno Botelho mostrou-se expectante quanto à estabilidade política e paz social do país sul-americano, assumindo serem “condições imprescindíveis” para um crescimento mais duradouro. “Estou certo de que, se tal acontecer, o Peru poderá tornar-se um parceiro comercial relevante para a economia portuguesa e estabelecer relações de longa duração com as nossas empresas”, concluiu.

O Embaixador peruano, Carlos Gil de Montes, agradeceu o apoio da Associação Comercial do Porto na promoção deste encontro e fez uma breve contextualização das potencialidades do seu país de origem, que foi já considerado um “milagre económico” na região da América Latina, que acumula taxas de crescimento regulares e tem uma inflação controlada, graças à intervenção do seu Banco Central de Reserva.

A “geografia relevante” do Peru foi o ponto de partida de Joan Barreda, delegado da Promperú para Portugal, Espanha e Itália, na apresentação mais extensa que fez aos presentes, expondo as diversidades do território peruano – que tem cerca de 2500 quilómetros de linha marítima, é atravessado pela cordilheira dos Andes e tem quase 60% de área inscrita na Amazónia. “Somos um país agrícola e mineral, mas também com uma produção têxtil milenar, atrativo do ponto de vista turístico e aberto às novas tecnologias”, sintetizou o convidado, que lembrou aos presentes o facto do Peru ser o quarto país que mais Investimento Direto Estrangeiro captou na América do Sul, em 2022, a seguir ao Brasil, Argentina e Chile. Canadá – devido à indústria mineira –, China, Espanha e Estados Unidos lideraram o ranking de investimento externo no país.

Barreda assinalou, também a estabilidade económica que o Peru vive, apesar dos “vaivéns políticos”, assumindo que o nível de crescimento médio – 4,6% nos últimos 20 anos – “transcender os governos de direita e de esquerda”. Depois de expor outros indicadores relevantes da economia peruana, o responsável da Promperú – agência semelhante ao AICEP português – fez uma apresentação dos setores mais promissores da economia peruana, como a agricultura, a pesca, a exploração mineira, as energias renováveis e as tecnologias de informação.

No encontro promovido na Associação Comercial do Porto participaram, ainda, o Presidente da PeruCámaras – Câmara Nacional de Comércio, Produção, Turismo e Serviços, Oscar Zapata; e o empresário português, Luís Manuel Silvério, da Luís Silvério e Filhos Lda., empresa conserveira que tem importantes relações comerciais com o Peru.

2 de novembro 2023