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Celeste Hagatong mostrou que “há fundos disponíveis” no Banco de Fomento e que o país “não pode desperdiçar oportunidades”
O presente e futuro do Banco Português de Fomento (BPF) estiveram em análise no Senado do Porto, com a presença da Presidente da instituição, Maria Celeste Hagatong, em mais uma edição das Conversas na Bolsa, no passado dia 21 de Abril. Na nota de abertura, Nuno Botelho, Presidente da Associação Comercial do Porto, manifestou a sua expectativa em “ser desta que temos Banco de Fomento”, lembrando a convidada que “o sucesso da sua liderança é o sucesso das empresas”.
Celeste Hagatong começou por fazer o enquadramento institucional do BPF, lembrando as dificuldades iniciais e o escasso capital social que dispõe, designadamente quando comparado com outros bancos promocionais, como o espanhol ICO. A responsável explicou que o objetivo do BPF é “colmatar falhas de mercado” e ter uma “oferta complementar” à banca tradicional, sem ter uma perspetiva concorrencial. “Teremos mais risco de certeza, além de que queremos pensar a médio e longo prazo”, acrescentou, salientando ainda que podem recorrer ao Banco de Fomento todas as empresas, desde as PME, às grandes organizações.
O PRR esteve, depois, em foco na apresentação da antiga administradora do BPI, lembrando os diferentes instrumentos e soluções de capitalização que o BPF dispõe, num pacote de 1,3 mil milhões que lhe foi atribuído na chamada ‘bazuca’ europeia. Descritos os programas de apoio, Celeste Hagatong instou os empresários presentes no almoço-conferência da Associação Comercial do Porto a informarem-se e recorrerem ao Banco de Fomento: “precisamos de procura. Há oportunidades para financiar projetos das empresas, há fundos disponíveis, não podemos desperdiçar oportunidades”.
Sobe o futuro da instituição, a líder do Banco de Fomento mostrou ambição em concretizar o plano estratégico que está a ser negociado com o Governo e de “chegar a 2024 com um banco” efetivamente operacional. Isso representa, na sua perspetiva, a necessidade de “fazer um grande investimento”, designadamente ao nível dos regulamentos, da auditoria e compliance, e dos próprios sistremas informáticos da organização. “Não desanimem, porque nós estamos muito animados”, confidenciou no final da sua exposição.
Veja a reportagem da Renascença
26 de abril 2023