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Associação Comercial do Porto defende TAP privatizada a 100%


Em comunicado enviado aos meios de comunicação social, a Associação Comercial do Porto (ACP-CCIP) manifestou a sua discordância em relação ao processo de privatização da TAP, anunciado na última semana pelo Governo.
Na sua posição, a ACP-CCIP defendeu que o Governo deveria avançar já para a negociação da totalidade do capital da TAP, considerando que “a companhia aérea não serve o interesse dos portugueses e é um sorvedouro de fundos públicos”.
Apesar do Executivo antecipar uma eventual privatização a 100% no futuro, a Associação assume ver “com muita preocupação que não exista uma previsão temporal para que essa operação possa decorrer”. “Além da falta de um cronograma, a venda da posição minoritária pode colocar em causa o sucesso da operação”, acrescenta o comunicado.
Na perspectiva da ACP-CCIP, “dividir a venda da TAP em duas fases significa colocar todo o processo com um conjunto de incertezas económicas, operacionais e sobretudo políticas, correndo-se o risco de tudo cair por terra”. Além disso, alertou o seu presidente, Nuno Botelho, “é insustentável que o país continue a ter de gastar recursos que não tem numa companhia que deixou há muito de defender o interesse nacional”. “O dinheiro é de todos, mas a TAP é só de alguns. Quantos portugueses pagam a TAP sem nunca terem colocado um pé num dos seus aviões?”, concluiu.
Por último, a Associação Comercial do Porto considera que a operação dificilmente permitirá reaver o dinheiro que os contribuintes já colocaram na TAP, o que constitui mais um motivo para tornar urgente a sua venda. “Num país com tantas necessidades estruturais, nomeadamente nas infraestruturas de mobilidade, e com tão poucos recursos, começa a ser tempo de o Estado alocar o dinheiro que é de todos nós em projetos de efetivo valor. A TAP, declaradamente, não é um desses projetos”, sublinhou Nuno Botelho.
O presidente da ACP-CCIP também prestou declarações à RTP 3, onde recordou que os resultados operacionais positivos obtidos pela TAP só aconteceram devido à injeção de capital público na empresa e reforçou a necessidade de os portugueses “deixarem de carregar o fardo” da empresa.


